terça-feira, 23 de agosto de 2011

can't stop trying



um dia mau e um dia mau. quando acordo para ultrapassar um dia mau, este empenha-se ao máximo para que nada falte. a luz do dia encandeia-me, o cabelo esta uma lastima, a roupa faz o favor de não assentar como devia e os olhos pesam assim q tento concentrar-me no papel e começar a escrever. ao fim do dia desisto por fim de enfrentar tudo o que este preparou para mim. o telemóvel e obrigado a esconder-se no fundo da mala para que o seu acesso seja dificultado e não espreite de 5 em 5 minutos com esperança de ele  já ter respondido. a presença de qualquer pessoa torna-se impossível e a audição não me permite continuar a ouvir as novidades da vida fantástica de sei la quem, limito-me a acenar que sim com a cabeça enquanto os olhos estão mergulhados no prato a minha frente, a tentar arranjar uma razão, uma solução. vou perdendo a reacção ao longo do jantar. entrando cada vez mais fundo, cada vez mais perto de mim própria, e do porque daquele dia ter sido assim, de te caído novamente na necessidade de tentar que resulte o que nunca resultou. mas não sei como fazê-lo. não sei como conseguir que esqueças seja o que for que achas de mim. provavelmente não e verdade, nunca te fiz nada de errado, apenas não sei como fazê-lo, como me apresentar diante de ti como se não estivesse nervosa, como se tivesse a certeza de que ia correr tudo bem, como se não tivesse medo de errar, de perder o controlo, de te desiludir e de te perder, então, sem nunca te ter tido, sem nunca ter sabido como és realmente. e então entro em pânico com essa ideia. já aconteceu com uma pessoa e não suportaria que acontecesse outra vez, não ia aguentar tudo de novo. e por fim acaba o mau dia. mas não por magia, nada disso. simplesmente porque por fim aceito que não e , mais uma vez, desta vez que as coisas mudam, e sedo, deixando que tudo volte ao que tem sido. eu aqui. tu ai. longe de tudo o que me diz respeito, e aguento, e aceito que e assim que tem de ser.
por fim respondes.